Mulheres e homens usam as TRA porque querem ter um bebê. Portanto, a medida mais importante do sucesso das TRA é o nascimento de um bebê saudável. Além disso, a gravidez também costuma ser considerada um sucesso, embora algumas gestações possam não resultar em um bebê. Para entender corretamente o sucesso das TRA, é importante compreender as diferentes maneiras pelas quais eles podem ser medidos e relatados.
COMO É MEDIDO O SUCESSO DAS TRA?
O sucesso das TRA é expresso como uma taxa. As taxas mais comumente relatadas são o número de gestações clínicas ou o número de partos divididos pelo número de aspirações (retiradas de óvulos) ou o número de transferências de embriões. Os números geralmente são contados ao longo de um ano. Cada um desses números representa diferentes etapas do ciclo de TRA:
FIGURA 1: Taxa de gravidez clínica e taxa de parto por aspiração e por transferência de embriões. (Fonte: Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida, 2020)
COMO É MEDIDO O SUCESSO DAS TRA?
O sucesso das TRA é expresso como uma taxa. Na América Latina, as taxas mais comumente relatadas são o número de gestações clínicas ou o número de partos divididos pelo número de aspirações (coleta de óvulos) ou o número de transferências de embriões. Os números geralmente são contados ao longo de um ano. Cada um desses números representa diferentes etapas do ciclo de TRA:
OUTRAS MEDIDAS DE SUCESSO SÃO:
TODOS OS CICLOS SÃO IGUALMENTE BEM-SUCEDIDOS?
Não, o sucesso de cada ciclo varia. O fator mais importante que influencia o sucesso é a idade da mulher. As mulheres mais jovens têm mais chances de ter um bebê do que as mais velhas. O gráfico abaixo mostra os resultados do Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida para mulheres de diferentes faixas etárias usando seus próprios óvulos (chamado TRA autólogo).
FIGURA 2: Taxa de partos por transferência de embriões de acordo com a idade em ciclos autólogos a fresco e congelados. (Fonte: Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida, 2020)
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM O SUCESSO INCLUEM:
QUANTOS EMBRIÕES DEVEM SER TRANSFERIDOS PARA TER A MELHOR CHANCE DE TER UM BEBÊ?
Essa é uma pergunta importante e também difícil. Os dados do Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida
mostram que a maior chance de engravidar vem de um ciclo no qual vários embriões se formaram e no qual dois
embriões foram transferidos enquanto os embriões adicionais foram congelados (também chamado de
transferência dupla eletiva de embriões).
Entretanto, a transferência de dois embriões (transferência dupla eletiva
de embriões) geralmente resulta em uma gravidez múltipla (gêmeos ou até trigêmeos). Embora algumas pacientes
possam desejar ter gêmeos ou até trigêmeos, é muito importante saber que uma gravidez múltipla é muito mais
arriscada tanto para a mãe quanto para os bebês em desenvolvimento.
Esse risco pode ser evitado ao optar pela
transferência de apenas um embrião e congelar os restantes (também chamada de transferência eletiva de embrião
único) para uso em outro ciclo (se o primeiro ciclo falhar ou para outro bebê).
Por fim, os dados mostram que a
transferência de três, quatro ou até mais embriões não aumenta ainda mais a chance de uma gravidez em
comparação com dois embriões. Portanto, geralmente é melhor congelar esses embriões.
Além disso, as chances
de ter um bebê após a transferência sequencial de um embrião a fresco mais um congelado são maiores do que as
chances de duas transferências simultâneas de embriões a fresco.
FIGURA 3: Taxa de partos por número de embriões transferidos. (Fonte: Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida, 2020)
COMO É TOMADA A DECISÃO SOBRE QUANTOS EMBRIÕES SERÃO TRANSFERIDOS?
A decisão sobre o número de embriões a serem transferidos é muito importante. Ela
requer o equilíbrio entre o sucesso e a segurança ideais. Ter um bebê de cada vez é
sempre mais seguro do que dois ou até três. Mas é claro que o sucesso também é
extremamente importante, especialmente se for difícil para um casal voltar para outro
ciclo, seja por causa do custo, seja por morar longe do centro de TRA, ou por outros
motivos. A decisão também requer a compreensão de quais fatores, além do número de
embriões transferidos, influenciam o sucesso e a segurança de cada mulher, casal e ciclo.
O médico de TRA considerará cuidadosamente todos esses aspectos e, em seguida,
recomendará quantos embriões devem ser transferidos de acordo com sua opinião e
experiência. Essa opinião e experiência são muito importantes. Embora os dados do
registro regional de TRA ajudem a informar essa decisão, o médico entenderá as
circunstâncias individuais de cada mulher, casal e ciclo. No entanto, a decisão de quantos
embriões serão transferidos deve ser tomada pelo casal, pois eles - e em particular a
mulher cujo corpo está mais envolvido - são os mais afetados pelo resultado da decisão.
Para tomar essa decisão, os casais precisam estar bem informados e também se sentirem
capacitados para decidir.